Muito antes do GPS, os navegadores usavam um dispositivo chamado ‘sextante’ para determinar o ângulo de um corpo celeste. A partir desses dados, a latitude da sua localização atual pode ser determinada.
Isso só pode acontecer se a Terra for esférica.
No hemisfério norte, os navegadores usavam Polaris. Usando um sextante, eles mediram o ângulo entre Polaris e o horizonte. O ângulo estaria muito próximo da latitude de sua posição atual.
No hemisfério sul, eles fizeram a mesma coisa, mas com o pólo celeste sul. O problema é que não há estrela brilhante perto do pólo celeste sul, ao contrário de Polaris no norte. Então, eles usaram as estrelas como a do Cruzeiro do Sul, para determinar a localização aproximada do pólo celeste sul. O ângulo entre o pólo celeste sul e o horizonte é o mesmo que a latitude do observador.
No hemisfério norte, o pólo celeste do sul não é visível. E, inversamente, no hemisfério sul, Polaris não é visível. Portanto, não há ambiguidade em qual estrela mirar.
A navegação celeste só é possível porque a Terra é esférica. Utilizamos o conhecimento da figura correta da Terra para fins de navegação. Foi assim que nossos ancestrais puderam viajar para o outro lado do mundo (e voltar ao local original) sem a tecnologia moderna que temos hoje.
Referências
- Sextant – Wikipedia
- Celestial navigation – Wikipedia