Em uma prova ou exame escolar, é necessário que os alunos resolvam problemas e questões com recursos e referências limitados para demonstrar seus conhecimentos, enquanto no mundo científico e profissional não há limitações quanto ao uso de ferramentas e referências.
Alguns Terraplanistas se irritam quando simulações de computador e outras ferramentas são usadas para resolver problemas, especialmente quando elas ajudam a provar que a Terra é esférica. Eles argumentam que podem resolver seus problemas de maneira mais precisa e correta com papel e caneta, diferente dos “trapaceiros” que usam computadores e outras tecnologias para isso. Mas, diferente de humanos que calculam tudo à mão, as ferramentas que são usadas para isso não decidem qual delas está mais correta, já que elas são bem mais precisas. Os Terraplanistas que afirmam isso simplesmente não estão familiarizados com casos do mundo real além do que eles veem na escola.
Coisas como a ocorrência de eclipses, por exemplo, são bem fáceis de serem calculadas e simuladas usando um simples computador. Essas previsões usam o modelo esférico da Terra como base e suas previsões são precisas. Portanto, essas ferramentas são demonstrações suficientes de que o modelo esférico da Terra funciona e está correto.
Já, calcular a ocorrência de um eclipse é muito mais difícil usando apenas um papel e uma caneta. O livro: “The Astronomical Algorithm” de Jan Meeus exemplifica bem isso em dez páginas cheias de fórmulas, isso sem incluir os capítulos de pré-requisitos. Então embora não seja impossível, é um processo bastante tedioso e propenso a erros.
Alguns Terraplanistas exigem que calculamos isso manualmente. Mas existem vários problemas com esse tipo de prática: 1. as simulações de computador são evidências suficientes de que o modelo esférico da Terra funciona, 2. calcular coisas como um eclipse de forma manual levará tempo e esforço consideráveis, 3. os Terraplanistas ainda serão incapazes de aceitar os cálculos de qualquer maneira, e 4. os próprios Terraplanistas não podem apresentar um modelo equivalente e funcional com o poder preditivo esperado.